quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Trânsito e suas peculiaridades.

O trânsito daqui é de desanimar. Hoje demoramos 3 horas para chegarmos ao local de trabalho. Saímos às 7 da manhã de casa e chegamos às 10 horas. É mais ou menos como se eu morasse em Ribeirão Preto e todo dia fosse trabalhar em São Paulo. E quando chove ou o presidente resolver sair de casa então… aí fode com tudo de vez, pode colocar na conta mais meia hora ou mais.
Mas o trânsito por aqui também tem algumas curiosidades. Tem as candongas, essas vans azuis, que são o transporte público de Luanda. Tem aos montes. E os candongueiros são barbeiros pra valer.
É também no trânsito que se pode verificar como é latente a desigualdade social desse país. Os carros são 90% novos e grandes, muito grandes. Só se vê SUV´s por todo lado. É Tucson, Hilux, Santa Fé, Captiva. E tudo isso passando ao lado de casebres a beira de córregos, com esgotos a céu aberto e lixo a dar com pau, escorrendo dos morros.
Os carros aqui são muito baratos se comparados com os preços do Brasil. Uma Tucson, por exemplo sai por 16 mil dólares, o equivalente a 30 mil reais, male má. E por isso é comum encontrarmos carros abandonados pelas ruas, pois quase não existem peças para manutenção, muito menos mão-de-obra qualificada para efetuá-las, sendo mais fácil descartá-los do que repará-los.
Por causa dos congestionamentos desenvolveu-se por aqui um grande comércio por entre os carros. Vende-se de tudo o que se possa imaginar. Durante as horas que já passei dentro do carro já vi das mais diversas mercadorias sendo comercializadas. Vou escrever aqui o que lembro: cartão telefónico, mangueira e registro para gás de cozinha, violino, ferro de passar, bacalhau, aparelho de medir pressão, raquete de pernilongo, maleta de ferramentas, tampa para vaso sanitário, sapatos… Depois eu vou escrevendo se ver mais alguma coisa exótica, hehe.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mulheres de Angola


Pelas ruas de Luanda é comum avistar as cenas acimas. As zungueiras (como são chamadas) são encontradas aos montes, sempre equilibrando um cesto ou bacia sobre as cabeças, onde levam suas mercadorias para vender no trânsito ou em feiras abertas. E vendem de tudo: frutas, artesanatos, tecidos… E o mais impressionante é que muitas delas além de levar suas bacias ainda carregam seus filho amarrados as costas, o que é costume por aqui.
Mas Angola ainda é um país muito machista. Prova disso é que o homem pode ter até 5 mulheres, desde que consiga sustentá-las, e pra completar, toda sexta-feira é o dia do homem, dia em que o homem pode sair pra gandaia sem ter hora pra voltar e sem ter que dar explicações pras mulheres.
 É, temos algumas coisas para aprendermos com a cultura angolana… rs… brincadeirinha, Pri.

sábado, 23 de outubro de 2010

Condomínio

Essa é a visão geral do condomínio Jardins de Talatona, vista da sacada aqui do apartamento. Tem uma piscina boa, mas que ninguém no condomínio usa porque falam que não dão manutenção e a qualidade da água é ruim. Não vou ser eu quem vai fazer o teste.
A quadra é boa, estamos tentando organizar um futebolzinho para o próximo final de semana. Só que já avisaram que se algum angolano quiser participar da pelada é melhor tomar cuidado pra não sair com a canela rachada, pois eles têm o mesmo espírito das seleções africanas, não sabem brincar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Melhor amiga!

Aqui por essas bandas, como vocês devem saber ou imaginar, tem uma população de pernilongos um tanto quanto graúda. Mas para o azar dos que habitam nosso apartamento, o Aroldo, de Campo Grande, trouxe uma daquelas raquetinhas elétricas de matar insetos. Cara, aquilo lá por aqui é melhor que nintendo wii.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Partida e chegada.

O voo para Angola até que foi tranquilo, um pouco de turbulência, mas que pelo falaram antes de embarcarmos, de que a rota era uma rota de fortes turbulências, pensei que o avião iria saculejando do Brasil até Angola. Ainda bem que foram só algumas leves ondulações, constantes, mas leves.
Agora, o avião da Taag e o serviço da tripulação de aeromoças me fez lembrar minhas viagens de Itamarati. Era banco que não inclinava, gente reclamando, criança chorando etc. Um verdadeiro Itamarati dos ares.
Mas a chegada até que foi tranquila, apenas uma demora de uma hora e pouco para conseguirmos pegar as bagagens. As malas pareciam que eram colocadas a conta gotas na esteira.  Mas no fim tudo deu certo e quando saimos pelo aeroporto os motoristas que nos levariam até as moradias já estavam nos esperando.