segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Palanca

As palancas são animais nativos da região da África onde se encontra Angola. É símbolo de muitas coisas por aqui, como da TAAG (Itamarati dos ares) e da seleção angolana de futebol, os Palancas Negras.
Hoje em dia a espécie está ameaçada de extinção, pois na época da guerra civil era muito caçada para alimento por causa da escassez de outros itens. Nunca vi uma, mas falam que ainda existe.

domingo, 28 de novembro de 2010

O Pensador


O Pensador é uma estatueta símbolo de Angola, de origem Tchokwe, do norte de Angola. Ela representa a figura de um ancião. Em Angola, os idosos ocupam um estatuto privilegiado. Os mais velhos representam a sabedoria, a experiência de longos anos e o conhecimento dos segredos da vida.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pelada

Semana passada compramos uma bola no mercado e num dia desses eu, Tom e Du descemos na quadra do condomínio e chamamos a molecada angolana do condomínio para armarmos uma pelada. Vai correr assim na casa do chapéu. Parecia que a gente tava carregando um saco de café nas costas perto da garotada. Mas no fim o que valeu foi a experiência… haha

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Guerra Civil

A Guerra Civil em Angola foi iniciada logo após sua independência de Portugal em 1975, quando os três grupos que lutavam pela independência começaram a lutar entre si pelo poder. Por de trás desses grupos, a Guerra Fria (os EUA apoiavam dois dos grupos e os soviéticos e Cuba apoiavam o outro) e interesses económicos pelo petróleo e diamantes. A Guerra teve fim em 2002 com a morte de Jonas Savimbi, líder de um dos grupos.
A guerra se deu principalmente no interior do país, o que fez com que a população de Luanda se multiplicasse, pois as pessoas vinham para a cidade fugindo das batalhas nas províncias do interior. A população da cidade saltou de 400 mil para 4 milhões de habitantes.
Essa foto do tanque, tiramos no caminho de uma das praias que fomos. No interior do país ainda existem zonas com campos minados que ainda não foram desativados. Alguns de nossos motoristas foram combatentes na guerra, pegaram em armas…
Por todos esses anos de batalha dá pra entender o motivo do povo angolano ser tão desconfiado.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Praias

Até agora já conhecemos duas praias por aqui.
 Uma delas, na ilha do Mussulo, que na verdade não é uma ilha e sim um braço de mar, mas como o modo mais fácil de se chegar nela é de barco o povo chama de ilha mesmo. O lugar é legal, tem boa estrutura, com bar, espreguiçadeiras e outras frescuras, mas não tem muita cara de praia. E por ser o lugar de melhor estrutura, é lá onde vão as Patricinhas e Mauricinhos. A praia praticamente só tem estrangeiros.

A outra, em Cabo Ledo, é mais distante de Luanda. É uma praia de pescadores, não tem muita estrutura, mas tem mais cara de praia. Mas uma coisa que não tem em nenhuma das duas é onda. Praia sem onda não tem graça. Mas apesar de não ter muita estrutura como a outra, a comida é muito boa, já que os pescadores trazem nossa comida ainda viva, portanto fresquinha, para prepararem pra gente na hora. Isso inclui peixes e lagostas, que tem aos montes por aqui.

Mas no fim das contas sinto falta das praias do Brasil, com areias branquinhas, onda no mar, farofa e ambulantes vendendo batidinha, queijo coalho, milho verde e outras coisas sem a menor higiene. Isso sim é praia.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Embondeiro


O embondeiro, como é mais conhecido por aqui, ou baobá, como é mais conhecido pelo Brasil, é um tipo de árvore típica aqui na África e um dos símbolos de Angola. A árvore é, sei lá, uns 80% tronco, onde acumula grande quantidade de água e por isso consegue viver em lugares com menores níveis de água.
Quanto maior for o diâmetro do seu tronco, mais antiga é a árvore. Dizem que as mais velhas podem chegar a dois séculos de idade. Em dois séculos essas árvores já viram muita coisa acontecer. São consideradas sagradas em toda África.
 É conhecida também por ser a árvore que tem no planeta do Pequeno Príncipe e que ele tem que cuidar para que não nasça nenhuma, porque suas raízes são muito grandes e acabariam com seu planeta.

domingo, 7 de novembro de 2010

Jovens

A expectativa de vida em Angola é de apenas 50 anos. Nesses 20 e tantos dias que já estou por aqui ainda não me lembro de ter visto nenhum senhor de idade andando pelas ruas. Só se vê jovens e crianças. O máximo de idade que se percebe nas pessoas é 40 anos.
As condições de vida de cerca de 90% da população não permitem que essa expectativa tenda a aumentar. Ainda há muita gente vivendo em condições precárias e o saneamento básico praticamente não existe nos bairros mais pobres. Além de tudo isso ainda tem a Sida (Aids) contagiando um percentual ainda muito grande da população e a falta de acesso a um serviço de saúde de qualidade e em número suficiente.
Acho que ainda demorará um tempo até que seja possível ver velhinhos pelas ruas angolanas.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dinheiro

Uma das coisas que estou demorando mais a me acostumar por aqui é com relação à moeda local, o Kwanza. É muito zero, mano. Parece que voltei no tempo e estou pagando as coisas com Cruzados, Cruzeiros e variações. Toda compra tento cortar os zeros para aproximar os valores do dólar, mas as vezes enrosca e os caixas daqui não são muito pacientes.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Trânsito e suas peculiaridades.

O trânsito daqui é de desanimar. Hoje demoramos 3 horas para chegarmos ao local de trabalho. Saímos às 7 da manhã de casa e chegamos às 10 horas. É mais ou menos como se eu morasse em Ribeirão Preto e todo dia fosse trabalhar em São Paulo. E quando chove ou o presidente resolver sair de casa então… aí fode com tudo de vez, pode colocar na conta mais meia hora ou mais.
Mas o trânsito por aqui também tem algumas curiosidades. Tem as candongas, essas vans azuis, que são o transporte público de Luanda. Tem aos montes. E os candongueiros são barbeiros pra valer.
É também no trânsito que se pode verificar como é latente a desigualdade social desse país. Os carros são 90% novos e grandes, muito grandes. Só se vê SUV´s por todo lado. É Tucson, Hilux, Santa Fé, Captiva. E tudo isso passando ao lado de casebres a beira de córregos, com esgotos a céu aberto e lixo a dar com pau, escorrendo dos morros.
Os carros aqui são muito baratos se comparados com os preços do Brasil. Uma Tucson, por exemplo sai por 16 mil dólares, o equivalente a 30 mil reais, male má. E por isso é comum encontrarmos carros abandonados pelas ruas, pois quase não existem peças para manutenção, muito menos mão-de-obra qualificada para efetuá-las, sendo mais fácil descartá-los do que repará-los.
Por causa dos congestionamentos desenvolveu-se por aqui um grande comércio por entre os carros. Vende-se de tudo o que se possa imaginar. Durante as horas que já passei dentro do carro já vi das mais diversas mercadorias sendo comercializadas. Vou escrever aqui o que lembro: cartão telefónico, mangueira e registro para gás de cozinha, violino, ferro de passar, bacalhau, aparelho de medir pressão, raquete de pernilongo, maleta de ferramentas, tampa para vaso sanitário, sapatos… Depois eu vou escrevendo se ver mais alguma coisa exótica, hehe.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mulheres de Angola


Pelas ruas de Luanda é comum avistar as cenas acimas. As zungueiras (como são chamadas) são encontradas aos montes, sempre equilibrando um cesto ou bacia sobre as cabeças, onde levam suas mercadorias para vender no trânsito ou em feiras abertas. E vendem de tudo: frutas, artesanatos, tecidos… E o mais impressionante é que muitas delas além de levar suas bacias ainda carregam seus filho amarrados as costas, o que é costume por aqui.
Mas Angola ainda é um país muito machista. Prova disso é que o homem pode ter até 5 mulheres, desde que consiga sustentá-las, e pra completar, toda sexta-feira é o dia do homem, dia em que o homem pode sair pra gandaia sem ter hora pra voltar e sem ter que dar explicações pras mulheres.
 É, temos algumas coisas para aprendermos com a cultura angolana… rs… brincadeirinha, Pri.

sábado, 23 de outubro de 2010

Condomínio

Essa é a visão geral do condomínio Jardins de Talatona, vista da sacada aqui do apartamento. Tem uma piscina boa, mas que ninguém no condomínio usa porque falam que não dão manutenção e a qualidade da água é ruim. Não vou ser eu quem vai fazer o teste.
A quadra é boa, estamos tentando organizar um futebolzinho para o próximo final de semana. Só que já avisaram que se algum angolano quiser participar da pelada é melhor tomar cuidado pra não sair com a canela rachada, pois eles têm o mesmo espírito das seleções africanas, não sabem brincar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Melhor amiga!

Aqui por essas bandas, como vocês devem saber ou imaginar, tem uma população de pernilongos um tanto quanto graúda. Mas para o azar dos que habitam nosso apartamento, o Aroldo, de Campo Grande, trouxe uma daquelas raquetinhas elétricas de matar insetos. Cara, aquilo lá por aqui é melhor que nintendo wii.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Partida e chegada.

O voo para Angola até que foi tranquilo, um pouco de turbulência, mas que pelo falaram antes de embarcarmos, de que a rota era uma rota de fortes turbulências, pensei que o avião iria saculejando do Brasil até Angola. Ainda bem que foram só algumas leves ondulações, constantes, mas leves.
Agora, o avião da Taag e o serviço da tripulação de aeromoças me fez lembrar minhas viagens de Itamarati. Era banco que não inclinava, gente reclamando, criança chorando etc. Um verdadeiro Itamarati dos ares.
Mas a chegada até que foi tranquila, apenas uma demora de uma hora e pouco para conseguirmos pegar as bagagens. As malas pareciam que eram colocadas a conta gotas na esteira.  Mas no fim tudo deu certo e quando saimos pelo aeroporto os motoristas que nos levariam até as moradias já estavam nos esperando.